Porque o essencial é invisível aos olhos.

Estranho, Improvável, Incomum? Não, um lugar para o sonho pagão . . .

16 novembro 2011

Hino à Lua Negra

Imagem por Frank Venice
http://FrankVenice.deviantart.com/art/Personal1-266923269

És tu, lua, escura no céu
Escuridão em véu, miragem
Em vestes de negro pajem
Rodopiante, à meia-noite

És tu, lua, dançarina clarividente
Águia no tempo, vê a frente
E segue tua dança contente

Tu, arco de prata
Do disco leitoso
Da face oculta

Te mostras aos teus
Em desalento e torpor
Em êxtase e agonia
Em morte e amor

Te mostras aos teus
Os filhos, em obscura temperança
Ou em total transcendência
Mas sempre errante
Inexata, mutante

Cíclica, em sangue
Arauto do Espiral
Continuação, inevitável e fatal

A ti, esvoaçante entre estrelas
Borrão de níquel no céu
Escura como tudo que é mundano
Todavia, doce profetiza
Do incerto, do improvável, do profano

Um soprar de brisa, vislumbre
Um breve instante... desencarne!

Ausência, vácuo no tempo
Inconstância? Caos?
Não!
Transformação, giro
De plena à pura
(Vazia)
Do diamante ao carvão
(Trespassante)

Salve a ti, ó Antiga
Como a noite e o céu
Salve a ti, ó escura
Preta semente, ao léu

Ewan Thot © 2008

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