![]() |
Imagem por Frank Venice http://FrankVenice.deviantart.com/art/Personal1-266923269 |
És tu, lua, escura no céu
Escuridão em véu, miragem
Em vestes de negro pajem
Rodopiante, à meia-noite
És tu, lua, dançarina clarividente
Águia no tempo, vê a frente
E segue tua dança contente
Tu, arco de prata
Do disco leitoso
Da face oculta
Te mostras aos teus
Em desalento e torpor
Em êxtase e agonia
Em morte e amor
Te mostras aos teus
Os filhos, em obscura temperança
Ou em total transcendência
Mas sempre errante
Inexata, mutante
Cíclica, em sangue
Arauto do Espiral
Continuação, inevitável e fatal
A ti, esvoaçante entre estrelas
Borrão de níquel no céu
Escura como tudo que é mundano
Todavia, doce profetiza
Do incerto, do improvável, do profano
Um soprar de brisa, vislumbre
Um breve instante... desencarne!
Ausência, vácuo no tempo
Inconstância? Caos?
Não!
Transformação, giro
De plena à pura
(Vazia)
Do diamante ao carvão
(Trespassante)
Salve a ti, ó Antiga
Como a noite e o céu
Salve a ti, ó escura
Preta semente, ao léu
Ewan Thot © 2008
Nenhum comentário:
Postar um comentário