Porque o essencial é invisível aos olhos.

Estranho, Improvável, Incomum? Não, um lugar para o sonho pagão . . .

20 dezembro 2011

O Louco

Fonte.

"Perguntais-me como me tornei louco.
Aconteceu assim: um dia, muito tempo antes
de muitos deuses terem nascido,
despertei de um sono profundo e notei que todas
as minhas máscaras tinham sido roubadas
- as sete máscaras que eu havia
confeccionado e usado em sete vidas -
e corri sem máscara pelas ruas cheias de gente, gritando:
"Ladrões, ladrões, malditos ladrões!"

Homens e mulheres riram de mim e alguns
correram para casa, com medo de mim.

E quando cheguei à praça do mercado,
um garoto trepado no telhado de uma casa gritou:
"É um louco!".

Olhei para cima, pra vê-lo.
O sol beijou pela primeira vez minha face nua.

Pela primeira vez, o sol beijava minha face nua,
e minha alma inflamou-se de amor pelo sol,
e não desejei mais minhas máscaras.

E, como num transe, gritei:
"Benditos, bendito os ladrões que
roubaram minhas máscaras!"

Assim me tornei louco.

E encontrei tanto liberdade
como segurança em minha loucura:
a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele desigual que nos compreende escraviza alguma coisa em nós."

Gibran Kahlil Gibran.

Por Lukavi.

11 dezembro 2011

Irmã Lua

Por Jason Heeley.

Lua, Irmã Lua, Brilha lá no Céu,
Mostra pra mim, seu rosto atrás do véu.
Lua, Irmã Lua, me envolve com seu brilho,
Conte-me os segredos,
Mostre-me o caminho!

27 novembro 2011

Sobre Ísis e Osíris

ISIS by ~Mystic-Oracle
Ísis foi uma deusa da mitologia egípcia. Foi cultuada como modelo da mãe e da esposa ideais, protetora da natureza e da magia. Era a amiga dos escravos, pescadores, artesãos, oprimidos, assim como a que escutava as preces dos opulentos, das donzelas, aristocratas e governantes. Ísis é a deusa da maternidade e da fertilidade. Ísis também foi conhecida como a deusa da simplicidade, protetora dos mortos e deusa das crianças de quem "todos os começos" surgiram, e foi a Senhora dos eventos mágicos e da natureza. Em mitos posteriores, os antigos egípcios acreditaram que as cheias anuais do rio Nilo ocorriam por causa das suas lágrimas de tristeza pela morte de seu marido, Osíris. Esse evento, da morte de Osíris e seu renascimento, foi revivido anualmente em rituais. Consequentemente, a adoração a Ísis estendeu-se a todas as partes do mundo greco-romano, perdurando até à supressão do paganismo na Era Cristã.


Osiris by *spanielf

Osíris era um deus da mitologia egípcia, associado à vegetação e a vida no Além. Foi um dos deuses mais populares do Antigo Egito, cujo culto remontava às épocas remotas da história egípcia e que continuou até à era Greco-Romana, quando o Egito perdeu a sua independência política. Para os seus primeiros adoradores, Osíris era apenas a encarnação das forças da terra e das plantas. À medida que o seu culto foi se difundindo por todo o espaço do Egipto, Osíris enriqueceu-se com os atributos das divindades que suplantava, até que, por fim substituiu a religião solar (focada em Rá). Era a divindade que encarnava a terra egipcia e a sua vegetação, destruída pelo sol e a seca, mas sempre ressurgida pelas águas do Nilo.

Da Wikipédia.

19 novembro 2011

Cernunnos

Cernunnos

O Deus do Antigo dorme 
na profunda escuridão,
úmida e aromática
sob seus os pés, 
esperando por nós 
para cortar nossas raízes.

No seu Templo Sagrado, no Bosque de todos os mundos, Ele se senta com as pernas cruzadas embaixo de um antigo carvalho. Meditando, ligando os três mundos da Terra, do Mar e do Céu e os mundos por trás dos mundos, o Deus e a Árvore Grande se tornam um só. Membros imensos se espalham, estendendo-se até o céu distante e o espaço estrelado. Seu tronco maciço, espinha dorsal do Mundo Médio, é o coração da Floresta Antiga em torno do qual toda a Vida e todos os mundos giram. Sua teia de raízes ilimitada cresce pela Terra e pelo Submundo.

Acima dele, os grandes círculos do Sol, da Lua e da Estrelas. Tudo ao seu redor se move sutilmente como folhas melodiosas ao ar cantante. Em todos os lugares o verde brilhante e pulsante abunda em pó de ouro e névoa cintilante. Abaixo dele, o musgo macio rasteja sobre o solo escuro, profundo, úmido e férti. A Seus pés o Grande Caldeirão de onde os Cinco Rios fluem.

Através da quietude da floresta eles vêm, com suas asas sussurrantes, rastejando secretamente entre o som das folhas, a passos silenciosos. Os primeiros antepassados, os animais mais velhos, se reúnem em torno dele: o Corvo, o guarda da porta; o Cervo de sete chifres, o senhor do tempo; a antiga Coruja, a feiticeira da noite; a Águia, senhora do ar, o olho do Sol; e o Salmão, o mais velho dos velhos, o mais sábio dos sábios, saltando na junção das cinco primaveras.

Ele os acolhe e os abençoa, e eles o honram, Cernunnos da pele castanha e cabelos lustrosos encaracolados. O deus cujos olhos brilham o fogo das estrelas, cuja carne é um reservatório de águas antigas, Suas células vivas pelo Mistério, essência primeva e original.

Nu, com o falo ereto, Ele usa uma coroa de chifres delineado por um fogo verde e pela hera torcida. Na mão direita o Torq de ouro, testamento de sua nobreza e de sua promessa sagrada. Em sua mão esquerda a serpente com chifres, símbolo de seu poder sexual sagrado para a Deusa. Em sua antiga floresta, Seu Templo Sagrado, seu Santo Grove, Cernunnos e Seus filhos sonham os mundos.

Por JM Reinbold, traduzido livremente por mim, Ewan Thot.

Cernunnos

18 novembro 2011

O Credo das Bruxas

"Only Time Knows" por Otherra.
Ouça agora a palavra das Bruxas,
os segredos que na noite escondemos,
Quando a obscuridade era caminho e destino,
e que agora à luz nós trazemos.
Conhecendo a essência profunda,
dos mistérios da Água e do FOGO ,
E da TERRA e do AR que circunda,
manteve silêncio o nosso povo.
No eterno renascimento da Natureza,
à passagem do Inverno e da Primavera,
Compartilhamos com o Universo da vida,
que num Círculo Mágico se alegra.
Quatro vezes por ano somos vistas,
no retorno dos grandes Sabás,
No antigo Halloween e em Beltane,
ou dançando em Imbolc e Lammas.
Dia e noite em tempo iguais vão estar,
ou o Sol bem mais perto ou longe de nós,
Quando, mais uma vez, BRUXAS a festejar,
Ostara, Mabon, Litha ou Yule saudar.
Treze Luas de prata cada ano tem,
e treze são os COVENS também,
Treze vezes dançar nos Esbás com alegria,
para saudar a cada precioso ano e dia.
De um século a outro persiste o poder,
Que através das eras tem sido levado,
Transmitido sempre entre homem e mulher,
desde o princípio de todo o passado.
Quando o círculo mágico for desenhado,
do poder conferido a algum instrumento,
Seu compasso será a união entre os mundos,
na TERRA das sombras daquele momento.
O mundo comum não deve saber,
e o mundo do além também não dirá,
Que o maior dos DEUSES se faz conhecer,
e a grande Magia ali se realizará.
Na Natureza, são dois os poderes,
com formas e forças sagradas,
Nesse templo, são dos os pilares,
que protegem e guardam a entrada.
E fazer o que queres, será o desafio,
como amar a um AMOR que a ninguém vá magoar.
Essa única regra seguimos a fio,
para a Magia dos antigos se manifestar.
Oito palavras o credo das BRUXAS enseja:
sem prejudicar a ninguém, faça o que você deseja!
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