Porque o essencial é invisível aos olhos.

Estranho, Improvável, Incomum? Não, um lugar para o sonho pagão . . .

26 outubro 2008

Literatura Pagã - Os Primeiros Livros sobre Bruxaria e Paganismo

O CULTO DAS BRUXAS NA EUROPA OCIDENTAL

Margaret Alice Murray




Editora: Madras

ISBN: 857374636X

Ano: 2003

Edição: 1

Número de páginas: 262

Acabamento: Brochura

Formato: Médio


SINOPSE


Margaret Alice Murray nasceu em 1863. Literata e especialista britânica em hieróglifos egípcios, tornou-se arqueóloga indiretamente, pois na sua época era difícil para uma mulher obter um mestrado em arqueologia. Ela obteve, em vez disso, uma graduação em linguística. A Lingüística conduziu-a a estudos dos hieróglifos egípcios e da egiptologia.

O sr. Flinders Petrie, da Universidade de Londres (University College of London), permitiu a Margaret Murray unir-se a eles em escavações em Abydos, no Egito, no final de 1890. Graças ao seu trabalho, ela tornou-se apta a juntar-se à equipe da Universidade, a qual lhe permitiu posteriormente palestrar por todo o país.

Ela também foi uma ardente feminista. Em 1921, publicou O Culto das Bruxas na Europa Ocidental (The Witch-Cult in Western Europe), no qual protestou que a perseguição da bruxas na Europa foi um ataque do governo patriarcal antigo, religiões centradas em mulheres. Com este trabalho, Murray deixou sua contribuição aos seguidores do paganismo, da bruxaria e da wicca. Para a sua realização, ela foi em busca de fontes reais que serviram de subsídios para a fidelidade da obra.

Em 1926, ela se tornou membro do Instituto Britânico Real Antropológico (Britains Royal Anthropological Institute). Em 1931, publicou um livro sobre arqueologia egípcia, intitulado The Splendor That Was Egypt. De 1953 a 1955, Margaret Murray foi presidente da Sociedade Britânica de Folclore (Britains Folklore Society). Em 1963, com 100 anos de idade, ela publicou sua autobiografia Centenary and The Genesis of Religion. Margaret Murray morreu em 1963.

Um marco no ressurgimento da bruxaria foi o lançamento da tese da Dra. Margaret Murray: O Culto das Bruxas na Europa Ocidental. A Madras Editora tem a satisfação de trazer em primeira mão para o público de língua portuguesa este livro de vital importância ao estudioso de esoterismo, ocultismo, bruxaria e wicca. Todo o movimento pagão, wicca e da bruxaria na atualidade é advindo, em grande parte, deste livro. A autora relata a sobrevivência de um culto marginal vulgarmente conhecido como bruxaria. Este culto teve uma existência paralela aos cultos greco-romanos e mesmo ao cristianismo, as religiões do Estado. A autora se vale dos arquivos do Santo Ofício, a Inquisição, e dos Autos de Fé, bem como de registros oficiais sobre os julgamentos das bruxas. Um livro de leitura imprescindível para todo bruxo, wiccaniano e pagão. Nos dias de hoje esta obra é rara, mesmo em língua inglesa.


Clique aqui e leia o livro completo, em inglês



ARADIA: O EVANGELHO DAS BRUXAS

Charles Godfrey Leland



Editora: Madras
ISBN: 8573747544
Ano: 2004
Edição: 1
Número de páginas: 119
Acabamento: Brochura
Formato: Médio


SINOPSE


Charles Godfrey Leland foi responsável por muitas idéias que deram base às tradições revivalistas de bruxaria, hoje conhecida como Wicca, assim como moldada posteriormente por Gerald Gardner e Doreen Valiente. Neste livro, ele traz uma coletânea de mitos e rituais italianos. Em parte, estes mitos podem ser confirmados pelos bruxos italianos, e não raro encontramos variações e até contrariedades aos mitos como são encontrados recentemente entre os praticantes de Bruxaria Hereditária Italiana. Contudo o livro é leve e simples, trazendo algumas invocações na língua original e suas respectivas traduções. O autor traz a história de Aradia (Heródias), uma bruxa que foi enviada à Terra por Diana, a deusa das bruxas e seu irmão Lúcifer para propagar os ensinamentos da Bruxaria. Tudo isto faz desta leitura muito agradável, altamente recomendada aos estudantes das formas modernas de bruxaria, bem como aos simpatizantes das formas pagãs italianas.


CRÍTICA


Esta obra clássica, publicada pela primeira vez em 1899, é resultado de anos de pesquisa e conversas com representantes da "Stregheria", a bruxaria italiana.

O livro é uma das leituras obrigatórias para todos aqueles que desejem conhecer uma das mais importantes obras e o primeiro autor do renascimento e popularização da bruxaria. As obras de Leland datam de mais de meio século antes das de Gardner, em torno de 1896.

Charles Leland foi um famoso folclorista, que escreveu sobre os ciganos ingleses e as Bruxas italianas. Segundo Leland, ele teria conseguido o texto deste "Evangelho" através de uma mulher italiana, Maddalena, que teria colhido entre suas irmãs de feitiçaria oculta as "velhas tradições" conhecidas.

Trata-se de um livro que retrata o folclore e os conhecimentos sobrevivente das bruxas italianas, que ainda eram ocultas na época. Por se tratar de um conhecimento que sobreviveu, muito provavelmente de forma quase que exclusivamente oral, ao domínio cristão, ele apresenta muitas vezes algunmas influências da visão judaico-cristã.

O "Evangelho das Bruxas" traz tanto a mitologia da bruxaria italiana (Aradia, Diana, Lúcifer, etc.), quanto uma descrição das práticas ("Como Consagrar a Refeição" em um Encontro de Bruxas, por exemplo) e encantamentos (a edição traz os encantamentos em italiano e sua tradução para o português).

Esta nova edição, recentemente lançada pela editora Madras, une uma boa qualidade a um preço acessível.

Por Carina Niamh Lucindo

http://br.geocities.com/comunidadeneopaga/livro_aradia.html


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O Evangelho das Bruxas foi escrito em 1889 por Charles G. Leland, folclorista inglês e estudioso de diversas culturas. Nesta publicação ele expõe ao público o relato de tradições, costumes e estórias de mulheres que se chamavam streghe (bruxas). A fonte de Leland era uma delas, Magdalena. Não se sabe bem ao certo se o que está no livro é a cópia fiel dos escritos das streghe ou se eles foram romanceados. Ele conta como Diana e Lúcifer deram a vida a Aradia e como ela se tornou a primeira Strega. A Aradia do livro também tem um caráter de professora, mas ela é nascida dos deuses. Existem no texto de Leland também uma larga influência de termos e ideais judaíco-cristãos, como no momento em que diz que Aradia não será como a filha de Caim (este mencionado algumas vezes), e o uso da palavra "amen" no fim de alguns feitiços. Raven Grimassi (1999) ainda coloca que o uso do nome de Lúcifer tenha sido por uma propaganda, o que atiçaria ânimos: será que este povo tem alguma ligação com o satânico? A resposta clara é não, uma vez que Lúcifer é a Estrela da Manhã, ou seja, o Sol - Apolo, o irmão gêmeo de Diana.

http://caldeiraodeceridwen.sites.uol.com.br/aradia.htm


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Aradia de Toscano, nasceu em 13 de agosto de 1313 em Volterra, Itália. Aradia era filha de Deusa Lunar Diana, sendo responsável pela perpetuação de seu culto. Alguns historiadores dizem que seu pai poderia ter sido Apolo, Lucifer ou Dianus.

Ela viveu entre os escravos que conseguiram escapar das garras dos senhores, nos montes de Alban e florestas perto do lago Nemi, na Itália. Aradia ensinou-lhes a Antiga Religião e pregava o amor pela liberdade. Além disso, trouxe esperança para os camponeses que eram explorados pela classe mais rica. Aumentou-lhes a auto-estima, deu-lhes o devido valor e ensinou-lhes a terem respeito por si próprios. Aradia colocou-os em harmonia com a natureza através de seus ritos sazonais e rituais da Lua Cheia.

A Igreja Católica a perseguiu como "Rainha das Bruxas" e colocou-a na prisão. Lá foi torturada e setenciada à morte. No dia da execução, não foi encontrada em sua cela. Tinha escapado milagrosamente e voltou a ensinar sua religião ao povo.

Quando presa novamente pelos soldados, falou ao padre:

-"Você só traz a punição para àqueles que se livraram da Igreja e da escravidão. Estes símbolos e roupa de autoridade que veste, só servem para esconder a nudez que nos faz iguais. Você diz que serve a um deus, mas você serve somente a seus próprios medos e limitações". Acabou presa desta vez, por heresia e traição. Setenciada novamente à morte, outra vez escapou.

Retornou a seus seguidores e revisou todos seus ensinamentso Por fim, deixou-lhes a "Carga da Deusa", onde descreve minuciosamente todos os rituais. Instruiu também, seus seguidores para recordá-la compartilhando vinho e bolos nos cerimoniais sagrados. Prometeu, que todo aquele que clamasse por Diana, sua mãe, e por ela, receberiam muitas graças e seriam abençoados.

Em seguida partiu para o leste.

Rosane Volpatto

http://www.rosanevolpatto.trd.br/deusaaradia.htm


Clique aqui e leia o livro completo, em inglês



A DEUSA BRANCA

Robert Graves



Editora: Bertrand Brasil
ISBN: 8528608905
Ano: 2004
Edição: 1
Número de páginas: 569
Acabamento: Brochura
Formato: Médio


SINOPSE

A Deusa Branca é um livro extraordinário. Em seu prefácio, Robert Graves escreveu: "Minha tese consiste em afirmar que a linguagem do mito poético difundido na Antiguidade, pelo Mediterrâneo e pelo Norte da Europa, era uma linguagem mágica vinculada a cerimônias religiosas populares em honra á deusa-lua ou Musa, algumas das quais dotavam da idade da Pedra, a qual permanece como linguagem da verdadeira poesia". Ao defender suas idéias, Robert Graves empreendeu esta obra singular que constitui uma gramática histórica de mito poético.


CRÍTICA

Embora seja um estudo profundo a respeito da poesia celta, A DEUSA BRANCA busca as tradições destes povos, inclusive suas origens, traçadas na Grécia antiga e alguns povos da Ásia, que teriam colonizado a região que hoje compreende a Grã-Bretanha, a Irlanda, a Escócia, o País de Gales, etc. A obra de Graves se tornou referência para o estudo do mito poético, mas é importantíssima para quem se interessa pelos cultos Wicca e pela tradição celta em geral. Quer dizer, tornou-se obra de referência básica para qualquer estudioso e dificilmente você vai encontrar um livro qualquer sobre o assunto que não o cite como fonte de consulta na bibliografia.

Graves ataca os poetas românticos e parnasianos, demonstra seu desprezo pelas tradições, não só místicas como políticas, advindas do mundo grego e coloca ícones como Sócrates e Platão em seu devido lugar, o que causou toda a polêmica do título.

Para o autor, os filósofos gregos nada mais fizeram que mergulhar o mundo ocidental em um ‘homossexualismo intelectual’, com as mulheres no papel de musas inalcançáveis da poesia, a serem decantadas, mas jamais tocadas. Com isso, contribuíram bastante para que o sexo feminino ocupasse um papel quase marginalizado dentro das sociedades atuais, podendo atuar como parideiras e donas de casa, não muito mais que isso.

Graves afirma que toda a poesia tem uma única Musa, ou seja, a Deusa Branca à qual dá vários nomes, de Ísis, conforme aparecia no Egito antigo, a Cerridwen, sua encarnação entre as nações celtas. Os cultos pagãos a Dioniso e Pã, além de outras ‘barbaridades’, conforme a sociedade cristã os vê, fazem parte intrínseca de seu estudo, bem como alfabetos que surgiram entre os celtas. Através de dois poemas épicos, o Cad Gôddeau (Batalha das Árvores) e o Hanes Taliesin (O Conto de Taliesin) Graves traça a relação que árvores e plantas como o visco tinham, conforme emigraram da Ásia para a Europa, com os cultos pagãos em geral e com a Musa em particular.

Tudo isso faz de A DEUSA BRANCA leitura indispensável para quem quer saber mais sobre o papel do homem e da mulher ocidentais em meio a um universo particular. Fica faltando, agora, alguma editora ter coragem de traduzir todos os volumes de THE GOLDEN BOUGH, de sir James Frazer, para que os brasileiros tenham acesso a duas obras que praticamente esgotam o assunto.

Márcio Salerno, STEPPENWOLF

http://www.arteantiga.org/marcio/artigo02.php


A BRUXARIA HOJE

Gerald Gardner



Editora: Madras
ISBN: 8573747293
Ano: 2003
Edição: 1
Número de páginas: 153
Acabamento: Brochura
Formato: Médio


SINOPSE

Esta é uma obra de valor histórico, daquele que foi considerado o ‘pai’ da Bruxaria Moderna, mais conhecida como Wicca, e portanto essencial na biblioteca de qualquer wiccano ou estudante das formas de revivicação de bruxaria. Foi este livro que desencadeou a popularização das antigas práticas mágicas populares e um grande marco para que a bruxaria saísse da posição de ‘malévola’ no imaginário popular. Gardner propriamente foi um personagem bastante controverso e ainda bastante discutido por praticantes e estudiosos do mundo inteiro. Supostamente ele teria sido iniciado em uma linha de bruxaria tradicional na Inglaterra, e à partir desta, criado o sistema que experimenta um crescimento dinâmico e surpreendente desde a publicação deste livro, em 1954. Com idéias bastante coloridas pelos estudos folclóricos da época (em especial de Margaret Murray, que escreve o prefácio), o livro possui um caráter de ‘magia da história’ em contraste à ‘história da magia’, já que muitos dos fatos que o autor expôs na época não podem ser comprovados pelas atuais teses acadêmicas. Contudo, este é um livro que todo e qualquer estudante da Arte deve ler, estudar e manter na estante, até mesmo para aprender a separar o joio do trigo dentre as inúmeras ‘tradições’ espúrias que foram criadas recentemente e que nada possuem da primeira e verdadeira Wicca.

http://www.thecauldronbrasil.com.br/article/articleview/642/1/32/

Clique e leia algumas opiniões de leitores



CRÍTICAS


Introdução de Margaret Murray

Muito do que foi conquistado pela bruxaria nos dias atuais é devido a Gerald Gardner, que trouxe a público, de uma forma nunca antes feita, a antiga religião. A Bruxaria Hoje foi, e ainda o é, um importante marco nesta conquista.
Um livro que traz os rituais como concebidos por Gardner, baseados nas mais diversas fontes.

A bruxaria é parte integrante da Magia européia, e não só no passado remoto. Alguns membros de Ordens como a Golden Dawn fizeram pesquisas de campo, nas quais afirmam ter encontrado estas tradições vivas.

A bruxaria, após seu renascimento efetivo, nas mãos de Gardner se multifacetou em várias tradições. Cada uma delas ao seu modo tenta resgatar (em verdade recriar) os mistérios antigos. Algumas tradições mais sérias, outras nem tanto, mas, sem dúvida, um movimento de vital importância no resgate do feminino (o papel da mulher na religião), da natureza e de uma visão mais holística do Cosmos.

Nos dias de hoje é fácil nos depararmos com bruxas ou bruxos em vários locais, chegando a ser algo comum; mas, como sabemos, nem sempre isso foi assim. Os praticantes da antiga arte tinham de manter sob sigilo suas atividades, sob pena de pagarem com a vida por sua indiscrição. Perseguições, destruição e morte era o cotidiano de quem seguia a Bruxaria.

Neste livro, o dr. Gardner afirma ter encontrado em várias partes da Inglaterra grupos de pessoas que ainda praticam os mesmos ritos das chamdas "bruxas" da Idade Média; declara também que os ritos são uma verdadeira sobrevivência e não um mero renascimento copiado de livros. Em seu estilo simples e agradável, ele dá um esboço de práticas similares nas antigas Grécia e Roma; suas experiências pessoais no Extremo Oriente o habilitam a mostrar que há muitas pessoas, no Oriente ou na Grã-Bretanha, que ainda realizam atos de culto ao Doador de Vida Todo-Poderoso, de acordo com o antigo ritual. Embora o ritual da Europa esteja agora em conformidade com a civilização moderna, o sentimento que une os primitivos aos civilizados é o mesmo: gratidão ao Criador e esperança na continuação de Sua bondade.

O Dr. Gardner mostrou em seu livro o quanto a chamada "bruxaria" vem dos antigos rituais e nada tem a ver com lançar feitiços ou outras práticas maldosas, sendo a sincera expressão do sentimento para com Deus, também expresso, mais decorosamente embora não com maior sinceridade, pela cristandade moderna nos cultos da Igreja.

A Bruxaria Hoje foi, e ainda o é, um importante marco nesta conquista. Um livro que traz os rituais como concebidos por Gardner, baseados nas mais diversas fontes.

http://www.tribosdegaia.com.br/htm/livros.htm



TRECHOS DO LIVRO


Mantenha um livro em suas própria mão de escrever. Deixe que irmãos e irmãs copiem o que quiserem, mas nunca deixe esse livro fora de suas mãos e nunca guarde os escritos de outro, pois se for encontrado com sua letra você será apanhada e torturada. Cada um deve zelar por seus próprios escritos e destruí-los quando o perigo ameaçar. Aprenda tanto quanto puder de cor e quando o perigo passar reescreva seu livro.O mesmo faça com as ferramentas. Que elas sejam como coisas comuns que qualquer um tenha em casa. Que os pentáculos sejam de cera para que possam ser derretidos ou quebrados rapidamente. Não possua nomes ou signos sobre nada, escreva os nomes e signos com tinta antes de consagrá-los e lave-os imediatamente depois.

(...)


Eu me lembro, ó fogo,

Como tuas chamas uma vez inflamaram minha carne,

entre bruxas retorcidas por tuas chamas,

agora torturadas por ter contemplado o que é secreto.

Mas para aqueles que viram o que vimos

sim, o fogo nada era.

Ah, bem me lembro dos edifícios iluminados

com a luz que nossos corpos emitiram.

E sorrimos ao contemplar o vento das chamas por trás de nós,

O fiel entre os infiéis e cegos .

Ao salmodiar das orações

No frenesi das chamas

Cantamos hosanas a vós, nossos Deuses,

Em meio ao fogo doador de força,

Dedicamos nosso amor a Vós da Pira.


http://www.filologia.org.br/viiicnlf/anais/caderno13-10.html


A DANÇA CÓSMICA DAS FEITICEIRAS

Starhawk



Editora: Nova Era
ISBN: 8501040495
Ano: 2003
Edição: 5
Número de páginas: 429
Acabamento: Brochura
Formato: Médio


SINOPSE

Lançado nos início dos anos 80 é um clássico e um dos livros básicos da Wicca. Esta edição inclui diversas observações feitas por Starhawk dez anos após o lançamento do livro, comentando e inclusive alterando algumas de suas idéias iniciais.


OPINIÃO

“Não só nos Estados Unidos mas em todo mundo, o crescimento da Religião da Deusa, destacadamente a Wicca, se tornou um fenômeno social e espiritual. As práticas pagãs se expandiram de uma forma inacreditável pela América do Norte e Europa e o número de wiccanianos hoje ultrapassa o de inúmeras religiões consideradas convencionais.”

Claudiney Prieto, da Associação Brasileira da Arte e Filosofia da Religião Wicca


TRECHO DO LIVRO

Capítulo 3


LUA NOVA

“Encontramo-nos esta noite em frente à loja alugada. Durante longo tempo, simplesmente conversamos, a respeito de nossos temores e dúvidas sobre magia e nós mesmos: que isto não é verdade, que isto é de verdade, que isto vai parar, que é uma viagem do ego, que somos malucos, que o que realmente queremos é o poder, que perderemos nosso senso de humor e nos tornaremos arrogantes a esse respeito, que não seremos capazes de levar isso a sério, que isto não dará certo, que dará certo...

A certa altura, demo-nos as mãos e começamos a respirar juntos. Repentinamente, percebemos que um círculo havia sido organizado. Passamos o óleo para todos, a fim de sermos ungidos e nos beijamos. Alguém começou a cantarolar baixinho e Pat a batucar levemente um ritmo no tambor. E estávamos todos cantando, entrelaçando vozes e melodias, como se palavras diferentes chegassem através de cada um de nós:

Ísis... Astartéia... Ishtar...

Luz e escuridão... luz e escuridão...

Lu-uu-a, Lu-uu-a Crescente...

Derrame sua luz e brilho sobre nós...

Brilhe! Brilhe! Brilhe! Brilhe! Brilhe!

E através e por trás delas, Beth gemia com seu instrumento e ele soava como uma canção árabe ou como o lamento de um saxofonista de jazz, mas nós sorríamos com a graça de tudo...

Simultaneamente, ficamos todos em silêncio. Então dividimos frutas, rimos e falamos a respeito de humor. Estávamos tentando pensar em um nome para a assembléia e alguém sugeriu Compost (adubo, fertilizante). Era perfeito! Da terra, orgânico e nutritivo – e desestimulante em relação à arrogância.

A partir de agora somos o coven de Compost!

O ritual funcionou. Seja o que for que a magia traga, ela não afasta a capacidade de rirmos de nós mesmos. E os temores diminuem cada vez mais.”

Do meu Livro das Sombras (Diário onde a feiticeira anota todas as suas atividades).

O coven é um grupo de apoio da bruxa, um grupo que desperta a consciência, um centro de estudos psíquicos, um programa de treinamento de sacerdotes, escola de mistérios, o substituto de um clã e uma congregação religiosa, todos em uma só instância. Num coven forte, o liame é, por tradição, “mais forte que o de família”: a partilha espiritual, emocional e imaginativa. “Perfeito amor e perfeita confiança” são as metas.

A estrutura de um coven torna a organização da Feitiçaria muito diferente da maioria das outras religiões. A Arte não está alicerçada sobre grandes e heterogêneas massas que se conhecem somente superficialmente: nem tampouco baseia-se em gurus individuais com seus devotos e discípulos. Não existe uma autoridade hierárquica, nenhum Dalai Lama, nenhum papa. A estrutura da bruxaria é celular, baseada em pequenos círculos cujos membros compartilham profunda, mútua confiança entre si e a Arte.

Clique aqui e leia alguns capítulos do livro (pdf)


ENCICLOPÉDIA DA BRUXARIA

Doreen Valiente



Editora: Madras
ISBN: 8573747714
Ano: 2004
Edição: 1
Número de páginas: 419
Acabamento: Brochura
Formato: Médio


SINOPSE

Não se engane. Na verdade esse é o famoso "An ABC for Witchcraft" de Doreen Valiente, que em nosso país, teve de receber um novo nome, graças ao fato do nome original (traduzido) ter sido utilizado por outro autor no Brasil.
Este é um livro de Bruxaria escrito por uma bruxa praticante. Trata-se de uma enciclopédia completa a ser usada pelos estudiosos deste assunto tão vasto e fascinante por meio de verbetes explicativos que vão de termos ligados à Bruxaria a uma síntese biográfica a respeito dos grandes nomes do mundo da magia e do ocultismo, como Aleister Crowley, Charles Leland, Gerald Gardner, John Dee e Margaret Murray.

A Bruxaria é tão antiga quanto a existência da raça humana e, atualmente, é praticada de forma ativa por pessoas de todas as classes. Para seus seguidores, ela vai além de seus encantos e feitiços, ou até mesmo de suas reuniões secretas e seus rituais; trata-se de uma filosofia e uma forma de vida, a forma de religião mais antiga dentre as que apregoam a magia e a veneração da natureza.

A renomada autora, Doreen Valiente, estuda o oculto há mais de trinta anos. Ela foi iniciada em quatro facções diferentes do culto à Bruxaria que estão surgindo na Grã-Bretanha. Desde que o último Ato da Bruxaria foi revogado em 1951, o ressurgimento do interesse público pela Bruxaria tem sido o assunto de inúmeras controvérsias.

Este livro tem a intenção de ser uma contribuição séria ao estudo de um assunto que ficou no obscuro por muito tempo devido ao preconceito e ao sensacionalismo.

http://www.tribosdegaia.com.br/htm/livros.htm


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